quinta-feira, novembro 16, 2006

Manhattan

Já era tarde e tinha acabado de chegar a casa. Sem paciência nem vontade de me pôr a inventar uma sandes, sai, alguma coisa se haveria de arranjar lá fora. Esta frio, muito frio.
Manhattan estava muito movimentada e era difícil andar a passo acelarado sem tropeçar em alguém. As luzes, o movimento, a alegria emocionavam-me, tal como se tivesse acabado de chegar.. e já lá iam 2 anos. Já tinha palminhado as ruas de Manhattan vezes sem conta, as solas já estavam gastas e o frio, apesar de intenso, já era cómodo e bem-vindo.
As caras eram sempre diferentes e davam-me a impressão de viajar sempre que saia à rua, por países diferentes.
Tinha saudades de casa sim, mas sentia-me tão bem, ambientada e parte do puzzle que sabia, se me fosse embora de vez, levava comigo Manhattan, o cinzento de dia e o colorido da noite comigo.
A fome já nem se fazia notar, tinha acabao de beber o ar e enriquecido mais uma vez do caminhar e do absorver do que me rodeava. Comprei um cachorro, uma cola, respirei mais uma vez e rumei ao meu apartamento na 5th Avenue. Lar, doce e tão desejado lar.

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