Não sabem muito bem o que querem, ou melhor, entram em desacordo uns com os outros, quando deviam prevalecer em uníssono.
Uns dizem que não querem aulas de substituição, porque para jogar cartas, ao stop, falar e pintar as unhas, já têm as aulas normais.
Outros dizem que concordam com as aulas de substituição, mas dão o exemplo da pobre professora de educação física, que a maior parte das vezes tem o papel ingrato de fazer as vezes de quem falta. Quem tirou o curso de educação física é claramente etiquetado como "pouco capaz ou limitado", não sendo o seu lugar em aulas que requerem um pouco mais que os músculos dos bícepes. O que os mentecaptos dos alunos não percebem, é que estes pobres coitados sabem mais de matemática, física, biologia ou até português, do que eles alguma vez irão saber.
Depois gritam esbafuridos que quem não salta, é do governo. O que não pensam, é que quem lhes dera depois de acabarem o curso, ter um qualquer trabalho no governo. Se pensassem, iriam permanecer quietos e rir na cara de quem saltasse.
Não compreendo também, como uma manifestação com um peso tão dramático e sofrido, pode dar tanto azo a risotas, esbracejos de contentamento e conversas contrárias.
Numa coisa esta manifestação teve todo o valor: os alunos conseguiram marcar a sua falta injustificada às aulas, para manifestarem, precisamente no mesmo dia que a manifestação dos professores. Desculpabilizam-se ambas as partes, pois sem professores não há aulas e sem alunos também não. Não é de louvar?
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