sexta-feira, setembro 07, 2007

O casamento (visto por alguém que nunca se casou)

As pessoas hoje em dia têm muito receio de não se enquadrarem na nova era que a sociedade está a atravessar. Em conversas, tentam ser o mais modernas possível, cortando por completo com o pensar tradicional, não fazendo sequer uma ponte de ligação, entre o que se fazia antigamente e o que se faz hoje dia.

Fingir nunca levou a lado nenhum. O Casamento é dos assuntos que mais se destaca em termos de corte com o que é tradicional. Mas que mal tem afinal casar? Que horror é esse que faz com que hoje em dia, a maior parte das pessoas arranje um sem número de razões para identificar o casamento como a maior praga de sempre?

Em conversas, percebe-se que a tentativa de se cortar definitivamente com o pensamento imposto por outrém, é o principal objectivo. Se não se parecer radical e moderno o suficiente, talvez este ou aquele vão pensar que nascemos na época errada.
Pois para mim, tudo isto são "histórias". Cada um com o seu ponto de vista, mas que casar se associa a um momento único, sem dúvida que sim. O que de bom nos trouxe a tal "modernidade", foi sem dúvida a escolha puder ser mais diversa e o casamento ser hoje em dia, um acto mais reflectido baseado em alicerces mais estáveis. Namorar, viver junto e perceber se ambos passam bem as camisas, se gostam de cortinados em tons de azul ou beje, se querem um cão ou dois gatos.

Vendo bem as coisas, o acto de casar nada irá trazer de novo em quem já vive por opção junto, mas assumir um compromisso e demonstrar a todos os que gostam de nós quem é a outra metade da nossa vida, é sem dúvida um acto de coragem e uma prova de amor. Quando elas dizem que não querem que um homem se ajoelhe e as peça em casamento com um anel de diamentes, é mentira, querem pois. Quando eles dizem que não querem casar porque depois deixam de puder sair à vontade, é mentira, não querem eles outra coisa. Um bolo de três andares, um vestido que se demora meses a escolher, a nossa cara metade que vem com olheiras porque os amigos acharam que ele deveria beber tudo o que pudesse, pois nunca mais iria beber, os pais, os avós, os tios e primos que choram e os amigos que já estão com os copos, um padre careca e uma igreja cheia de flores e uma passadeira vermelha, o carro que diz - "acabadinhos de casar, não se preocupem se pararmos à beira da estrada, não incomodar" - uma ilha paradisíaca e lá vão eles..

Marido e mulher que bonito, até eu me emociono!

4 comentários:

Ana das Pontas disse...

Concordo plenamente! Viva os casórios!! Sou completamente a favor! Dispenso o padre, mas quero o vestido, e o bolo, e a festa linda de morrer e tudo aquilo a que tenho direito, ora pois! =D

Filipe Gouveia de Freitas disse...

Também acho que elas morrem pelo pedido, até mais que pelo anel de diamantes.

Mas se há mais escolhes como dizes, porque não marido e marido (sempre não se gastava meses a escolher o tal vestido)?

Beijo grande.

Mary Rachel disse...

No teu caso acho que vinhas logo perguntar: "Estou bem vestido hoje?" - é verdade, caso não tenham dado conta, Iuri, a Zaahirah é a Ana Maria e Zaahirah, o Archduke é o Iuri. Que giro, 2 colegas encontram-se no meu blog!

Joana Frazão disse...

beijos iuri. joana