segunda-feira, maio 07, 2007

Portugal, o país dos raptores

Voltando à vaca fria. O possível rapto da pequena Madeleine está a causar um tumulto a nível nacional, tanto que quase parece ser um caso de honra, pela parte da polícia portuguesa, face às críticas feitas pelos tabloídes ingleses.

É certo e sabido que hoje em dia, os raptos de crianças serão única e exclusivamente para práticas sexuais, pedófilia. Este caso gera uma enorme confusão e contradição, além da crítica maior ao pais, por terem deixado 3 crianças sozinhas no quarto. As críticas à segurança no Algarve e à atitude da polícia portuguesa são infundadas.


Primeiro, o complexo onde a família ficou hospedada é inglês, gerênciado por um inglês, tendo hospedados apenas ingleses. Segundo, o complexo dispunha de uma babysitter, mas o casal, hospedado desde 30 de Abril, achou por bem nunca dispôr desse meio e deixar os 3 filhos sozinhos no quarto, seria a opção mais acertada. Terceiro, o quarto não estava devidamente trancado e o complexo, por mais incrível que pareça, não tinha seguranças, nem vídeo-vigilância. Por último, foram feitas críticas à polícia portugues, por esta ter começado as buscas tarde de mais. Errado, porque as buscas começaram precisamente, após 30 minutos, o tempo em que o casal procurou sozinho pela filha.


É importante que não sejam passadas demasiadas informações sobre a investigação. Qualquer informação a mais, poderá pôr em risco a vida de Madeleine. De qualquer das maneiras, parece que o possível raptor será inglês e terá premeditado o rapto facilmente, devido ao comportamento do casal quanto aos filhos. Díficil não será, para uma mente criminosa, premeditar o rapto de uma criança que é deixada, facilmente sozinha e desprotegida, num quarto.


Ninguém nasce ensinado e quando se vai de férias para algum lado, não se imagina que situações como esta possam acontecer. Basta uma atitude pouco pensada, para que algo errado aconteça. Não me parece que se possam considerar os pais como inaptos, mas a verdade, é que se fosse um casal português, os outros 2 filhos seriam automáticamente retirados por assistentes sociais.


Não esquecer que quando se deu o caso "Joana", também no Algarve, a polícia portuguesa demorou dias até começar a procurar a menina, através dos meios disponíveis. Neste caso, bastaram apenas 30 minutos, não deixando egoistamente de pensar que foi única e exclusivamente por ser uma família inglesa abastada, pois qualquer um de nós, teria de esperar, pelas 48 horas legais após o desaparecimento de alguém.


Posso apenas imaginar, a angústia que os pais devem estar a sentir e espero que esta situação se resolva da melhor maneira, com o aparecimento de Madeleine, sã e salva. Não deixa este caso, de servir como exemplo e um alerta para pais que tomam atitudes inconscientes que podem pôr em risco a vida dos filhos.

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